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Quinta-feira, 26 de Agosto de 2010

Festival do Marisco de Olhão

Festival de vaidades e de exauro financeiro

Como o Sr. Francisco Leal já nos habituou para ele, êxito é aparecer na TVê ao lado de ministro nem que seja no papel de basbaque.

O êxito do Festival do Marisco pode e deve ser verificado pelas consequências que traz para Olhão, cidade e concelho, visto na perspectiva da actividade económica e consequências sociais decorrentes, independentemente do número de vezes e do tempo que qualquer emplastro recauchutado aparece nos media.

Como evento deve ser financeiramente auto-suficiente, senão mesmo gerador de lucros.

O actual modelo, está gasto, mantém o mesmo formato da 1ª hora, é a mesma chapa 5. Estabilizou nos “60 mil visitantes”, que por via das dúvidas já alguém pretende ver esclarecido o número de entradas pagas.

A FESNIMA, empresa municipal organizadora têm da Câmara toda a corda e a cobertura à irresponsabilidade ilimitada dada ilegalmente pelo Contrato Programa, aprovado pela maioria dos edis.

Mais um exemplo do despesismo e desbaratamento dos fundos públicos, agravado pela situação de crise, que deveria exigir controlo, planificação e contenção nos gastos.

Para cartaz chamariz como motivador à presença do público, há o espectáculo musical, com artistas convidados, alguns pagos a muito mais do que valem, mas enfim são gostos, e o marisco.

Marisco que é apresentado como sendo da Ria Formosa, o que não é verdade, da Ria só e nem todos, os bivalves. O camarão é quase todo ele de importação, extra continental.

Os próprios bivalves, as amêijoas, as ostras e os lingueirões, os que são apresentados com origem na Ria, em grande parte já não são aqui nascidos, são também importados em semente ou já em adultos, com grande quantidade de espécies exóticas.

O que poderia ser uma mais-valia para a actividade económica, com a valorização e promoção dos frutos da Ria, é um mero negócio ocasional, para alguns, poucos, à custa de uma fama, já falsa, da genuidade dos produtos anunciados.

A falta de apoios e incentivos à actividade viveirista e marisqueio, aliada às condições de salubridade em que é exercida na Ria, está progressivamente a levar à sua extinção e ao consequente agravamento das condições de vida dos milhares de pessoas dependentes.

Deverá ser na qualidade e a genuidade dos produtos da Ria que deve ser feita a aposta.

Enquanto as águas da Ria estiverem poluídas ao ponto de ser exigido uma depuração sanitária, uma quarentena, antes de poderem ser comercializados para consumo, os frutos da Ria serão sempre de segunda qualidade e desvalorizados, o que ao contrário, com um meio aquático são, lhes daria as condições para a certificação de qualidade e de origem com a valorização e a confiança aos mercados de consumo.

E as Câmaras, particularmente as de Olhão, Faro, Tavira e Loulé têm culpas acrescidas e maiores, com os esgotos e efluentes das Etars inadequadamente tratados a serem lançados para a água onde se alimentam as amêijoas que nos servem em festival. 

 

links:

- Pedido de esclarecimento à Fesnima

- Queixa ao Tribunal de Contas

- Contrato Programa

- Ajustes Directos

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publicado por Raul Coelho às 20:39
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Domingo, 25 de Julho de 2010

Polis e a Zona Ribeirinha de Olhão

Decorre até amanhã, dia 26 a consulta pública ao projecto para o Parque Ribeirinho de Faro, com uma sóbria divulgação, mas que pode ser acedida pelo site da Sociedade Polis e no da Câmara de Faro.

Isto depois do de Cabanas de Tavira já ter sido executado.

O projecto para o congénere para Poente de Olhão ainda está numa fase mais atrasada, ainda em análise de propostas, que de acordo com os termos do concurso deverão “incluir: a requalificação e valorização do espaço público com adequado equipamento urbano e serviços de apoio, em articulação com a marginal de Olhão, ao qual se associaram percursos ribeirinhos e interpretativos em torno das salinas adjacentes.”

Para o presidente da Câmara de Olhão, as pretensões são outras, conforme tem anunciado na imprensa, “Nesta requalificação vamos inclusivamente aproveitar os estaleiros da câmara para fazer um parque de feiras e exposições” mais os parques de estacionamento prometidos para o empreendimento Marina Village.

Como é hábito por cá, a população não deverá ser chamada a pronunciar-se, a consulta pública se a houver decorrerá no maior dos segredos da Câmara, já o traçado na imagem acima foi feito de memória porque no acesso aos termos de referência que obtive junto da Sociedade Polis, foi-me negada cópia ou obter fotografia, tal o secretismo que envolve tudo quando envolve Olhão e o Programa Polis Ria Formosa. Em Faro, só com maior activismo partidário e intervencionismo dos cidadãos consegue impor uma maior abertura.

Em Olhão, o que estiver bem para o seu presidente para pagar as suas clientelas partidárias também está bem para os Peésses, a oposição, o BE, porque o PSD confunde-se com a maioria PS, não tem alternativas ou ignora do que se está a tratar.

É tão só a ocupação com edificações para actividades estranhas e invasivas da Ria Formosa, num sítio que a Câmara tem vindo progressivamente a ocupar ilegalmente.

O auto silenciamento do Somos Olhão! e uma certa apatia geral dos munícipes, tão ao agrado do sr. Presidente e por este fomentado, pressagia, que mais uma importante área do concelho vai ver os seu destino traçado, sem que os olhanenses se possam pronunciar sobre que cidade querem.    

publicado por Raul Coelho às 10:29
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Terça-feira, 17 de Março de 2009

a Ria Formosa tem futuro

Olhão, 17 de Março de 2009

 

O Somos Olhão! fez queixa à Comissão Europeia por não estar a ser aplicada legislação comunitária em matéria do ambiente na Ria Formosa, e está a preparar uma petição para o Parlamento Europeu não deixar a Comissão cair no esquecimento a queixa.
Será que desta se conseguirá parar a destruição progressiva e acelerada que se tem verificado neste valioso, único e nosso, património?
Acredito que sim, mas não será só com o Somos Olhão!
rc

 

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publicado por Raul Coelho às 16:00
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