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Quarta-feira, 24 de Março de 2010

Os Mercados de Olhão – Exposição

Olhão, 24 de Março de 2010

Está, no Museu Municipal de Olhão, aberta ao público até 15 de Maio uma exposição documental da responsabilidade do Arquivo Histórico Municipal, é pequena que chegue para uma sala mas chega para dar uma ideia da génese imediata da edificação deste conjunto arquitectónico emblemático da cidade.

 

 

Uma lição de transparência no tempo em que era presidente da Câmara José Maria da Pádua e que o actual, Francisco Leal não consegue já aprender.

Era no dia 15 de Outubro do Ano de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo 1865 que estando nos Paços do Concelho o já citado José da Pádua mais três Vereadores “foi ordenado ao Porteiro, à altura um tal António Pedro Ruiz que pusesse em praça pública a construção da obra do Telheiro da nova praça do peixe . . . a quem a quisesse fazer mais em conta po modo mais vantajoso para o Municipio .  . . e dando logo o dito Porteiro execução a este madato, andando rua abaixo e rua acima apregoando alto e bom som e recebendo . . .” e foi João Batista Pepe oficial de Pedreiro desta mesma Vila que ficou com a obra por dois contos duzentos e cinquenta mil reis a executar até 31 de Julho do ano seguinte.

Hoje as obras da Câmara, de um modo geral, são decididas pelo presidente com entrega da execução ao amigalhaço engenheiro chamado a concurso para consulta à melhor repartição do orçamento pelos figurantes processuais, tudo, dispensando os bons ofícios publicitários do Porteiro.

Este Telheiro de 1865 ainda não foi o que deu origem aos edifícios dos actuais Mercados, estes arrancaram em 1912 segundo o traço da responsabilidade do farense José Lopes Rosário, Construtor de Obras Públicas e seguidor das modernices da época, com a utilização do ferro.

Os edifícios um para o peixe outro para as verduras foram construídos em terreno já então roubado à Ria, à Praia do Canal de Olhão, para dar consolidação à construção recorreu-se a “forma particular e curiosa, na medida em cada uma delas está apoiada em 88 estacas ligadas entre si por arcos de alvenaria de tijolo. O processo de fixação das estacas foi de tal forma avançado para a época que ficou na memória da população.”

Ainda hoje há por ali o Bate Estacas.

publicado por Raul Coelho às 19:49
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